quarta-feira, 28 de abril de 2010

Bebê some da barriga da mãe no Pará


Em janeiro a jovem Lana Silva Pimenta fez o seu primeiro pré natal em um posto de saúde de Belém.A previsão para o parto era para o dia 18 de abril.No dia 19 sem sinais de que a criança ia nascer Lana procurou a Santa Casa e ao fazer o exame ginecológico indicou batimentos cardíacos do feto e que o bebê estava em posição pélvica (sentado).“Ele falou para eu ir logo ao hospital porque teria que ser operada com urgência”, afirma Lana. 

Como não havia vaga na Santa Casa Lana foi encaminhada a uma clinica particular conveniada ao SUS (sistema único de saúde) e logo foi para a sala de parto onde seria submetida a uma cesariana.

Assim que começou o procedimento veio a surpresa,não havia bebê algum na barriga da jovem.O obstetra chamou a mãe da jovem e informou que Lana não estava grávida  “Chamei o anestesista, a pediatra, paramentamos a mãe de Lana e mostramos que não existia feto”, diz o obstetra.

 “A minha filha entrou em uma sala de cirurgia e, de repente, o médico diz que a minha filha não tinha nenhum bebê. Que gravidez é essa? Cadê esse bebê?”, afirma a mãe de Lana.

Após a cirurgia Lana fez dois exames que não detectavam Gravidez.

“Se ela estivesse grávida, esse exame, mesmo 15 dias depois do parto, daria positivo. O ultrassom realizado na mesma clínica onde foram feitas as ultrassonografias de dezembro e janeiro mostra que é um útero que nunca esteve grávida”, diz o presidente da associação paraense de ginecologia e Obstetrícia, que analisou os exames.


O cartão de pré-natal mostra que a última consulta de Lana no posto de saúde foi duas semanas antes da cirurgia.Em nota o ginecologista de Lana,afirmou que acompanhou o pré-natal da jovem com ''resultado satisfatório'', ''sem anormalidades'', e ainda indicou a cesariana por causa da posição do feto.

Na tarde desta quarta-feira (28), o médico da Santa Casa entregou um laudo confirmando que a jovem estava grávida e que passou por exames em ''bom estado geral''. O Conselho Regional de Medicina do Pará abriu sindicância para apurar o caso.

“Esse caso merece toda a nossa atenção, todo o nosso cuidado, e toda a apuração certa, séria, que o conselho costuma fazer”, diz Fátima Couceiro, presidente do Conselho Regional de Medicina.

“Não consigo nem pensar. Eu não consigo entrar no meu próprio quarto, porque vejo as coisas da minha filha e choro. Eu só quero saber a verdade. Mais nada”, afirma Lana.


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