Por: Renata Rodrigues
O governador Sérgio Cabral chorou em público ontem (11), na abertura do ano letivo da Puc – Rio, ao falar da aprovação da Emenda Ibsen, que revê a distribuição dos recursos do petróleo e retira – de imediato – R$ 7 bilhões da receita do Estado do Rio.
No discurso disse que, caso a medida entre em vigor, os sonhos acalentados – e os projetos nos quais trabalhou durante anos - para o Rio de Janeiro irão por água abaixo: “Esquece Olimpíadas, esquece Copa, esquece tudo”.
Segundo Cabral, os R$ 4,9 bilhões que o Estado arrecadou em 2009, com royaltes e participações, serão reduzidos a R$ 100 milhões – o que “quebrará” a economia do RJ.
No último domingo (7), Dia Internacional da Mulher, o governador financiou – para a candidata oficial à presidência, Dilma Roussef, capitalizar em sua campanha à presidência - a festa de inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), com direito à presença de cinco ministros, deputados, prefeitos, ônibus fretados, carros de som pedindo votos para candidatura oficial e farta distribuição de lanches para população - em um evento que não contou com nenhum fiscal do TRE para, ao menos, reportar o fato.
A grande ironia está no fato que, apesar de Dilma ter capitalizado o feito (além de ter se utilizado da inauguração para suas promessas de campanha), dos R$ 40 milhões orçados para o Hospital da Mulher – que conta, inclusive, com serviços de maquiadora e manicure – nenhum centavo foi repassado pelo governo federal. O Estado do Rio pagou integralmente a conta da obra e da festa.
